![](https://static.wixstatic.com/media/77139b_b56881a1d8224141a2d27341be6a7b22~mv2.jpg/v1/fill/w_350,h_329,al_c,q_80,enc_auto/77139b_b56881a1d8224141a2d27341be6a7b22~mv2.jpg)
“Que o seu remédio seja o seu alimento e que seu alimento seja o seu remédio” cunhou Hipócrates. A alimentação é um dos fatores primordiais para uma boa qualidade de vida, no entanto com o passar dos anos o ser humano deixou de se preocupar com o que leva a boca. A correria do dia a dia leva as pessoas a consumirem alimentos semiprontos e congelados. Embora sejam mais práticos, são poucos saudáveis e o pior engordam. Portanto, podemos perceber que passaram de se preocupar com o seu remédio.
De acordo com o Mistério da Saúde, dos 207,6 milhões de brasileiros, 53,8% estão acima do peso. A causa à obesidade tem inúmeros fatores, além da genética, destaca-se a mudança dos hábitos alimentares ocorridas nas ultimas décadas. O principal vilão da atualidade é o açúcar, os ultraprocessados os mesmos são encontrados nas comidas rápidas (fast-food). Os impactos á saúde são: alteração nas articulações, cansaço, falta de ar, diabetes, infarto, derrames colesterol, sem contar que segundo pesquisas, adultos com obesidade grave desde a infância vivem dez anos a menos em relação aos que não são obesos.
Outro fator que amedronta com relação à alimentação irregular vivida é a obesidade infantil. Essa por sua vez é causada pelos pais. Como assim? É simples, a forma como uma criança se comporta á mesa está diretamente ligada ao modo como os pais educaram seus filhos. Segundo dado divulgado recentemente pela revista Veja 70% da ingestão calórica de uma criança até doze anos acontece sob o convívio domiciliar. A forma como os pais apresentam os alimentos aos filhos irá influenciar no que eles comerão. O ritual de reunir à mesa a família na hora das refeições é por si só saudável, e por tanto influência na perspectiva de cada individuo. Sem contar que a oferta de alimentos proporciona o quanto será consumido.
Alguns alimentos que antes faziam parte da dieta brasileira vêm deixando de serem consumidos, entre eles estão à famosa dupla o arroz e o feijão. Houve uma redução de 46% do consumo do arroz e 37% do consumo do feijão, enquanto aumentou-se o consumo de iogurte e, bolos, congelados e massas prontas. Deixar de consumir alimentos que fazem parte do prato brasileiro á décadas pode sim contribuir para o aumento da obesidade, seja ela infantil ou adulta (que estão diretamente relacionadas, já que uma criança obesa hoje pode ser um adulto obeso amanhã) já que ao deixar de consumi-los a população passa a consumir alimentos com excesso em carboidratos, gorduras e que possuem pouco valor nutricional comparado ao antigo casal.
Os hábitos á mesa sofre reviravoltas constantemente. Algumas mudanças ocorrem por tendência (moda), outras ocorrem por causa da mudança de pensamento. É claro que a cada dia a população vem tomando dimensão do quanto cuidar da alimentação é essencial para a sua vida, mas ainda não o suficiente, precisa-se percorrer um longo caminho para que isso ocorra. Sou defensora da retomada de antigos hábitos, ou seja, do retorno da alimentação do passado, com a valorização da “comida de verdade”. Devemos aprender a administrar a relação do passado com o presente, o que é tradição e o que realmente deve ser modificado.
Escrito por Tamires De Assis Leal
Comments